Pessoas que inspiram - Janusz Korczak
"Eu te convido a se juntar a mim na jornada mensal de histórias inspiradoras. Este mês, exploramos 'Quando eu voltar a ser criança' de Janusz Korczak. Já imaginou revisitar a infância com a experiência de um adulto? Venha descobrir as alegrias e desafios da infância através do olhar do nosso professor."
PESSOAS QUE INSPIRAM#JANUSZKORCZAKDESENVOLVIMENTO PESSOAL
Mara Flores
11/6/20238 min ler
Quando eu voltar a ser criança é a história de um professor que, cansado dos dissabores da vida, volta no tempo e passa a ver e a sentir o mundo com olhos e coração de criança, mas retendo suas memórias de adulto. Com sensibilidade, delicadeza e ternura, Janusz Korczak nos convida a acompanhar situações do cotidiano dessa criança de dez anos.
Quando nos deparamos com histórias que nos tocam profundamente, é inevitável sentir uma mistura de emoções. E é exatamente isso que acontece ao ler o livro 'Quando eu voltar a ser criança'. Através da história desse professor que decide reviver sua infância, somos levados a refletir sobre a importância de manter a inocência e a capacidade de se encantar com as pequenas coisas da vida.
Ao longo da história, somos apresentados a diversas pessoas que inspiram o protagonista. Desde a vizinha idosa que lhe ensina sobre a importância da sabedoria e da paciência, até o colega de escola que o ajuda a enxergar a beleza nas diferenças. Cada personagem traz consigo uma lição valiosa, mostrando-nos que todos têm algo a ensinar, independentemente da idade ou da posição social.
Quando eu voltar a ser criança


“O que eu faria se fosse pequeno de novo?” Não tão pequeno, mas grande o suficiente para voltar à escola, para brincar com meus amigos novamente. Nem que seja para acordar de repente e descobrir: “O que aconteceu? Estou apenas sonhando ou é real? Olho para minhas mãos e fico surpreso. Olho para minhas roupas e fico ainda mais surpreso. Pulo da cama e corro até o espelho. "O que aconteceu?"
“Eu existo não para ser amado e admirado, mas para amar e servir. Não é dever daqueles que me rodeiam me amar. Pelo contrário, é meu dever preocupar-me com o mundo, com o homem.”
E assim tudo começou...
“Uma vez pensei que seríamos apenas nós três: papai, mamãe e eu, enquanto outra vez pensei que teria uma esposa e ficaria sozinho. apenas do outro lado do corredor. De um lado da casa estão meus pais, e do outro, minha esposa e eu. Ou então, imagino duas casinhas, lado a lado. Porque os idosos gostam de silêncio. Quando tiram uma soneca depois do jantar, as crianças não os incomodam. E pensei e pensei até realmente me tornar um adulto. Já tenho relógio, bigode e escrivaninha com gavetas – tudo, enfim, que os adultos têm. Mas não estou feliz. "
“Ele tem uma barba branca e na cabeça um chapéu alto vermelho. Entããão, é um elfo. Só que ele é tão pequenininho — como meu dedinho. “Bem, aqui estou.” Ele está sorrindo e esperando. Nós apenas suspiramos profundamente.” só as crianças acreditam em mágicos, em fadas madrinhas e em pequenos elfos.” “Você não acredita”, ele diz. “Antigamente as pessoas acreditavam em magia... "
“Temos ainda menos liberdade do que as crianças. E nossos cuidados e responsabilidades são mais pesados. “Se eu soubesse então, nunca iria querer crescer. É cem vezes melhor ser pequeno. Temos mais tristezas também. E temos pensamentos felizes com menos frequência do que as crianças. Não choramos mais, é verdade, mas provavelmente porque não vale a pena chorar. "
“Apresse- se agora, ou eu irei. Não posso ficar muito tempo. E então você vai se arrepender. Inspeciono meu quarto com cuidado. Não não. Eu não estava sonhando. Quero até dizer alguma coisa, uma palavra, um cumprimento, mas não consigo. “Quero ser pequeno de novo.”... Ele se virou e se virou de tal maneira que sua pequena lanterna brilhou direto nos meus olhos, cegando- me. Ele também disse alguma coisa, mas eu não ouvi.
CUIDADO COM O QUE SE PEDE!
Era uma vez, outra vez.
Espero até que mamãe me corte uma fatia de pão, agindo como se eu mesmo não pudesse. Mamãe pergunta se eu fiz minhas lições. Digo que sim, mas, na verdade, não sei. Tudo é como no conto de fadas da bela adormecida, só que talvez ainda pior. Talvez seja assim na vida real: é fácil falar se você só quer dizer alguma coisa, mas quando você quer muito, é muito difícil. Isso realmente aconteceu. No primeiro dia Não conto nada a ninguém que já fui adulto. Finjo que sempre fui um menino e espero para ver o que vai acontecer.


AFINAL, A QUEM PERTENCE ISSO?
O valor das coisas.
"Quando eu era pequeno pela primeira vez, ganhei um par de patins de gelo de presente. Naquela época, os patins de gelo ainda eram uma coisa rara, um presente raro, caro. Bom, troquei os patins por um porta-canetas de cerejeira. Era redondo e tinha um cachorrinho de brinquedo preso a ele. O cachorro estava faltando um olho, mas era muito legal. Você precisa de uma caixa de canetas todos os dias, mas os patins de gelo que você usa raramente. E o inverno foi ameno; não havia gelo. Quando descobriram em casa o que eu fiz, fizeram uma verdadeira cena. Eu tive que devolver o porta-canetas. Foi muito constrangedor porque se os patins fossem realmente meus, eu deveria ter o direito de fazer o que quisesse com eles. O que importa para alguém que eu preferisse um estojo feito de madeira perfumada e com um cachorro cego nele?"


LAGRIMAS INFANTIS
A Sensibilidade Esquecida.
As crianças choram com mais frequência do que os adultos, e não porque sejam bebês chorões, mas porque são mais sensíveis, porque sofrem mais.
Por que os adultos não respeitam as lágrimas dos nossos filhos? Parece-lhes que choramos por tudo e por mais alguma coisa. Isso não é verdade. As crianças choram porque é a sua única defesa: ela faz muito barulho; será encontrado alguém que notará e virá ajudar. Ou então, ele chorará de desespero. Embora raramente choremos, e nem sempre pelas coisas mais importantes. Se algo realmente nos machuca, então podemos derramar uma lágrima e ponto final. E acontece com os adultos que quando há um infortúnio, suas lágrimas secam de repente e esfriam.


VERDADE?
"O primeiro amor nunca se esquece"
No livro 'Quando eu voltar a ser criança', o personagem principal revive uma doce lembrança de amor de infância com sua prima. Era um amor genuíno e inocente, característico daqueles sentimentos puros da infância. Já adulto, ele reflete sobre esse momento com um olhar mais maduro e ponderado. Esse contraste entre a inocência da criança e a reflexão do adulto nos faz refletir sobre a evolução do amor em diferentes fases da vida. Nos dias de hoje, onde muitas vezes a liberdade é expressa através do corpo e do sexo, é fácil esquecer da pureza e simplicidade dos sentimentos. A obra nos convida a olhar para dentro e valorizar os sentimentos mais genuínos e profundos.
A Confissão!
Mas sério, o que posso dizer: gosto, gosto muito, amo.
E é isso.
Mas sinto que é diferente.
E, como se estivesse no topo – lá está Deus.
É tudo muito estranho.
Se eu já não fosse adulto, talvez nem soubesse. Mas agora eu sei que as crianças também amam, só que não sabem como se chama. E talvez até tenham vergonha de admitir isso. Não, não é que eles não queiram dizer isso, mas sim, eles têm vergonha de admitir para si mesmos e apenas dizem que “gostam”.


Entre Inocência e Responsabilidade
Uma Jornada de Autoconhecimento
"Já imaginou se pudesse voltar à sua infância pela segunda vez e fazer uma releitura, mas com o desafio de agir como criança em uma mente de adulto? O processo pode ser confuso, pois ser adulto significa ensinar outras crianças, percebendo as complexidades da infância que às vezes passam despercebidas. No entanto, como adultos, enfrentamos responsabilidades e desafios que as crianças não entendem. Será possível unir esses dois mundos?"
Se você se identifica com essa busca por equilíbrio entre a alegria da infância e a responsabilidade da vida adulta, convido você a ler "Quando eu voltar a ser criança" de Janusz Korczak.


Talvez você encontre insights valiosos para a sua própria jornada. E se você está enfrentando desafios que tornam sua vida adulta difícil, conheça meu trabalho e como posso ajudar. Vamos explorar juntos essa busca por equilíbrio e crescimento pessoal.
Sobre Janusz Korczak
"O Gueto de Varsóvia estava a ser liquidado segundo um plano diretor traçado na sede de Berlim, e era agora a vez do chamado “Pequeno Gueto”, as instituições infantis, das quais fazia parte o orfanato dos velhos. Quando a procissão chegou à estação ferroviária, as crianças, o velho e os seus colegas de trabalho foram todos embarcados em comboios de carga que, ao sinal e com as portas bem trancadas, os transportaram para leste, para a pequena aldeia de Treblinka.
E uma vez fora da estação de Varsóvia, todos os vestígios desta remessa humana desapareceram. Muito provavelmente o destino final foi o campo de extermínio nos arredores da aldeia."
É assim que começa a maior parte dos escritos sobre Janusz Korczak, o velho que chefiava a procissão, contrariando as leis da vida. O seu ato foi o último e lógico de uma vida dedicada ao cuidado e à educação dos filhos — filhos de outras pessoas.
Referência do livro WHEN I AM LITTLE AGAIN and THE CHILD’S RIGHT TO RESPECT


A Jornada do Autocuidado:
Você sente que a vida está fora de controle, como se as circunstâncias decidissem por você?
Está em busca de respostas para entender o que precisa mudar?
Observação importante: Eu não sou profissional de saúde. As sessões são para autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e espiritual. Se você estiver em situação clínica, crise ou risco, busque atendimento médico/psicológico qualificado.
Agora é a hora de dar o primeiro passo. A sua nova história começa aqui.







